Morador viu serpente de 1,5 metro na hora de dar ração aos pintinhos. Em outra ocorrência, no Jardim Botânico, uma jiboia também foi capturada pela polícia ambiental. As serpentes foram soltas na natureza
"As galinhas estavam
agitadas. Meu pai foi colocar ração para os pintinhos e viu a cobra lá. Ela
estava tão cheia que nem saiu do lugar", contou a estudante Mariana Maitê,
que foi quem chamou a PM ambiental.
Segundo a jovem, a
jiboia pode ter sido responsável pelo sumiço de 14 pintinhos, além de
ovos. Na hora que os policiais chegaram, Mariana disse ter ficado
aliviada. "Eu tenho pavor de cobra e então nem fiquei perto", brinca.
A serpente foi solta na mata.
Na noite de sexta-feira, uma outra cobra foi capturada no Jardim Botânico. A jiboia de mais de um metro e meio estava na área da casa, na QI 29 na região de chácaras Bela Vista. A serpente não tinha ferimentos e também foi solta na natureza.
Segundo levantamento do
Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), ao todo, 448 cobras
foram capturadas este ano. Destas, 130 eram jiboias. A corporação afirma
que o parcelamento irregular do solo, desmatamento entre outros danos
ambientais são responsáveis pelo avanço dos animais para áreas urbanas em busca
de alimentos, em razão da perda do habitat natural.
Quando os animais
resgatados precisam de tratamento, eles são encaminhados ao Centro de Triagem
de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou para o Zoológico para reabilitação para
recolocação na natureza.
A jiboia vive em áreas de
floresta, Cerrado e Caatinga. Ela se alimenta, principalmente, de pequenas aves
e mamíferos, além de comer os ovos dos animais.
A serpente é vivípara (dá
à luz filhotes) e tem de 8 a 49 filhotes por ninhada. A gestação da jiboia dura
entre 127 e 249 dias.
Ela pode medir até 4
metros de comprimento e é considerada a segunda maior espécie do Brasil, só
perde para a sucuri. Embora seja temida por causa do tamanho, os dentes da
jiboia não injetam veneno.
Para matar as presas, a
serpente enrola-se nelas, apertando. É a chamada constrição. Em função desta
característica, o nome científico da jiboia é Boa constrictor.
As presas são mortas por asfixia. Quando a jiboia percebe que a respiração e os batimentos cardíacos do animal cessaram, ela o engole, inteiro. Pode utilizar as árvores e os arbustos para se abrigar, mas também é encontrada na terra. Seus hábitos são noturnos e a serpente vive de 25 a 30 anos.
O "Bafo de
Jiboia" é uma estratégia de defesa, onde a serpente expulsa o ar dos
pulmões e produz um som característico, muitas vezes acompanhado do
"bote". >> Imagens Divulgação