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Vídeo - Wanderson Mota se entrega a Polícia em Gameleira de Goiás

Novo Lázaro: Caçada durou 5 dias e no início do 6º dia o homem se entregou em um posto policial da cidade após ser convencido por casal de produtores rurais

Chegou ao fim a caçada pelo criminoso Wanderson Mota Protáqcio, de 21 anos, suspeito de três homicídios em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. A coluna confirmou que o caseiro se entregou em um posto da Polícia Militar, na manhã deste sábado (4/12), em Gameleira de Goiás, a cerca de 100 km de Goiânia.

Wanderson – chamado de “Novo Lázaro” por agir de forma semelhante a Lázaro Barbosa, 33 – chegou à fazenda de um casal na zona rural de Gameleira de Goiás, por volta das 6h da manhã deste sábado, e teria apontado um revólver pela janela. No entanto, a moradora, identificada como dona Cinda Mara, o acolheu.

Dona Cindra ofereceu água, comida e roupas limpas, já que Wanderson estava sujo, molhado e com frio. A dona da fazenda e o marido ainda teriam feito um trabalho de convencimento para que o foragido se entregasse à polícia.

O criminoso foi levado pelos donos da fazenda à cidade, onde se entregou e foi detido pela Polícia Militar. Wanderson foi encaminhado para a Delegacia Regional de Polícia em Anápolis.

Matou a mulher e a enteada

Wanderson é acusado de matar a facadas a companheira Raniere Aranha Figueiró, de 19 anos, e a filha dela, Geysa Aranha Rocha de Souza, de 2 anos, além de um fazendeiro na região de Corumbá de Goiás, no Entorno do DF.

Em seis dias de buscas pelo caseiro, a ação policial circulou por diferentes pontos no território goiano. À procura do foragido, forças de segurança se espalharam pela área entre Alexânia e Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal, e posteriormente se deslocaram para Gameleira de Goiás, já bem próximo a Anápolis e Goianápolis. O suspeito morou nesta última cidade e conhece a região.


Crimes em série

Os assassinatos em série foram cometidos por Wanderson no fim da tarde de domingo (28/11). Após matar esposa e enteada, o caseiro furtou a arma do patrão e disparou contra o produtor rural Roberto Clemente de Matos, de 73 anos, que morava ao lado da propriedade onde o caseiro trabalhava. O criminoso agrediu, tentou estuprar e deu um tiro no ombro da esposa do fazendeiro. Ela só escapou porque se fingiu de morta em um matagal. O homem ainda bateu em Cristina Nascimento Silva, 45, e mordeu o rosto dela. A mulher está internada em um hospital de Goiânia (GO) e corre o risco de perder a  visão.

A caminhonete roubada do fazendeiro vizinho ao local onde Wanderson trabalhava foi abandonada em uma rodovia da região. Wanderson vendeu o celular que pertencia a sua esposa a um receptador de Alexânia, que acabou sendo preso. Da cidade, ele fugiu de táxi para Abadiânia. Um taxista confirmou a imprensa que fez a viagem. "Poderia ter sido morto", disse o homem.

Outros crimes

Essa onda de crimes não é única passagem de Wanderson pelo mundo do crime. Em dezembro de 2019, ele esfaqueou várias vezes uma jovem de 18 anos, no dia do aniversário dela. O caso ocorreu em Goianápolis. O agressor só parou com os ataques porque a faca quebrou. Ele chegou a ser preso pela tentativa de feminicídio. À época, em uma audiência, ele zombou do episódio. O jovem foi solto em março de 2020.

Em 25 de novembro daquele ano, Wanderson se envolveu em outro crime, dessa vez em Minas Gerais. Ele é apontado como participante na morte do taxista Maurício Lopes Mariano, de 25 anos, em São Gotardo. Ele foi preso na região junto com outras três pessoas (dois adolescentes). O taxista teria sido amarrado com o cinto de segurança e esfaqueado até a morte.

Chama a atenção o caso de Wanderson e as semelhanças com a história de Lázaro Barbosa, que praticou crimes em série, no Entorno do DF, em junho deste ano. Após cometer homicídios em sequência, o também caseiro passou 20 dias fugindo das forças policiais na região, até ser morto em um confronto no dia 28 de junho. Wanderson, aliás, confessou a amigos ser fã de Lázaro.

Encerrado o inquérito, a PCGO o remeterá ao judiciário cabendo a justiça levantar todas as informações e aplicar a lei em vigor.  >> Imagens Divulgação 

 

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