Além da acusação de triplo homicídio em Corumbá de Goiás, o homem acumula denúncias de crimes no Maranhão, Minas Gerais e na cidade goiana de Goianápolis
Os crimes cometidos por Wanderson Mota Protácio, 21 anos, apontado como responsável pelo assassinato da namorada grávida de 4 meses, da enteada (de apenas 2 anos e 9 meses) e de um fazendeiro, de 73 anos, em Corumbá de Goiás, no último domingo (28 /11), podem chegar a uma pena de 217 anos de prisão. Além da acusação de triplo homicídio, o suspeito acumula uma lista de crimes em Maranhão, Minas Gerais e Goianápolis. As execuções de todas as penas serão transferidas para Corumbá, para que sejam julgadas junto com os recentes crimes cometidos.
De acordo com o delegado
Tibério Martins Cardoso apenas na região de Corumbá, Wanderson foi indiciado pelos crimes de feminicídio, aborto, furto qualificado, porte de arma,
homicídio qualificado e latrocínio. Somente na cidade, a soma dos crimes
cometidos pode chegar a 112 anos.
Mas, segundo Tibério, as
penas podem ser aumentadas em até 45 anos. “Existem agravantes, como o
fato dele matar a namorada na frente do filho, por exemplo. Mas isso fica a
critério do juiz que irá julgar o caso. Se alcançar o limite máximo, a
condenação dos crimes de Corumbá pode chegar a 157 anos”, explica.
Assassinato no MA
Wanderson confessou,
ainda, ter matado um homem no Maranhão, aos 13 anos. À época, namorava uma
adolescente e, em determinada ocasião, a menor teria sido agredida pelo tio.
Incomodado, o caseiro chamou a atenção do familiar e pediu para que ele parasse
de bater na garota. O tio da adolescente pediu para Wanderson ficar quieto,
caso contrário o mataria. Wanderson, então, pegou uma faca e assassinou o
rapaz.
Neste caso, Wanderson
responderia pelo crime de homicídio qualificado, mas, segundo o delegado
Tibério, por ser menor de idade, o homem não irá responder pelo crime. “Ele
teria até os 21 anos para responder, mas como já alcançou essa idade, vai
passar impune”, explica. O crime teria acontecido em 2013.
Tentativa de feminicídio
Em dezembro de 2019,
Wanderson foi preso pelo crime de tentativa de feminicídio contra uma mulher,
cunhada do pai dele. Como consta nos autos do processo, a vítima recebeu
diversos golpes de faca nas costas. A discussão começou após Wanderson chegar
em casa alcoolizado e sob efeito de drogas.
Na casa, ele ameaçou a
mulher, ordenando que ela entrasse em um quarto com ele. Após a negativa,
o homem desferiu os golpes de faca e a arma branca utilizada acabou quebrando.
Wanderson fugiu pulando os muros e ficou preso na Unidade Prisional de Goianapolis,
mas ganhou a liberdade em março de 2020. Pelo crime, Wanderson responder por
tentativa de feminicídio, e pode ser condenado de 12 a 30 anos de prisão.
Latrocínio em MG
Por fim, Wanderson irá
responder, ainda, pela morte de um taxista em São Gotardo (MG), a quase 550 km
de distância de Brasília. A vítima era Maurício Lopes Mariano, que tinha 25
anos. Wanderson teve ajuda de dois menores de idade e um adulto. Segundo o
boletim de ocorrência obtido pela imprensa, o
agressor pegou a corrida junto com outras três pessoas e desviou o trajeto no
caminho. Ao entrarem no carro, cortaram o cinto de trás e usaram para arrastar
o taxista até uma árvore.
O documento comunica que a
intenção dos homens era roubar o carro e deixar o taxista no local, mas
Wanderson decidiu voltar até o condutor e efetuar 18 golpes de faca. O
esfaqueamento atingiu as costas seis vezes do lado esquerdo e cinco do lado
direito, "provavelmente por instrumento pérfuro", conforme consta no
boletim de ocorrência. Pelo crime, Wanderson deve responder por latrocínio e
pode pegar de 20 a 30 anos. >>Imagens Divulgação